DORES GENERALIZADAS

Estima-se que 2% a 4% da população sofra com dores generalizadas, sendo ainda mais frequente em mulheres após a menopausa. Embora a grande maioria dos pacientes com dores generalizadas recebam o diagnóstico de fibromialgia, várias outras doenças devem ser descartadas antes que esse diagnóstico seja firmado e esse ponto é extremamente importante. Estudo americanos mostram que, 75% das (os) pacientes com diagnóstico de fibromialgia não contemplam os critérios para a doença.

 

O que se sabe sobre as dores generalizadas?

Doenças reumatológicas como lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjogren, polimialgia reumática e artrite reumatoide podem cursar com os mesmos sintomas que a fibromialgia, possuindo tratamento diverso.

Distúrbios endocrinológicos como hipotireoidismo, diabetes mellitus e hiperparatireodismo também podem causar dores generalizadas, devendo ser investigados nesses pacientes.

Outras causas de dores musculoesqueléticas frequentemente negligenciadas são as deficiências de vitaminas (vitamina C e D, por exemplo) e as intolerâncias alimentares (intolerância ao glúten e etc.).

No paciente com dores generalizadas, a história clínica e o exame físico são de extrema importância. Sempre buscamos características que possam se enquadrar em alguma doença específica.

Exames laboratoriais ou de imagem são feitos para a confirmação de alguma suspeita clínica.

O tratamento do quadro de dores generalizadas depende fundamentalmente da causa em questão. Doenças reumatológicas usualmente são tratadas com medicamentos que modulam o sistema imunológico. Distúrbios endocrinológicos podem ser controlados com reposições hormonais específicas, por exemplo. Já os casos de fibromialgia, frequentemente são controlados com psicoterapia, exercícios físicos, medicamentos analgésicos e tratamentos ditos alternativos (temos como exemplo, acupuntura).