DORES PÉLVICAS

“Estima-se que 15% das mulheres sofra com dores pélvicas crônicas” 

A dor pélvica crônica é descrita como uma dor que ocorre da cicatriz umbilical para baixo.

Estima-se que 15% das mulheres entre 18 e 50 anos sofre com dores pélvicas crônicas. Outros estudos demonstram que em aproximadamente 50% dos casos não há um diagnóstico claro para o problema.

Embora seja mais comum em mulheres, as dores pélvicas crônicas não são exclusividade feminina, homens também podem sofrer com o problema.

Inicialmente, o mais importantes é identificar a causa das dores pélvicas e isso deve ser exaustivamente procurado. A história clínica e o exame físico sempre são importantes. São eles que vão sugerir se o médico deve ou não solicitar algum exame para auxiliar no diagnóstico do problema.

Gastroenterológicas

  • Síndrome do intestino irritável
  • Doença inflamatória intestinal
  • Constipação crônica
  • Abscesso perianal
  • Tumores intestinais

 

Musculoesqueléticas

  • Síndrome do levantador do ânus
  • Prolapso do assoalho pélvico
  • Degeneração discal
  • Compressões nervosas (nervo pudendo ou nervo iliinguinal)
  • Dor miofascial (dor da musculatura que passa na região pélvica – como por exemplo, Psoas)
  • Dor sacroilíaca

 

Ginecológicas

  • Endometriose
  • Síndrome de congestão pélvica
  • Doença inflamatória pélvica
  • Doenças ovarianas
  • Tumores ginecológicos (útero/ovário)

 

Urológicas

  • Cistite intersticial
  • Prostatite crônica
  • Infecção urinária de repetição
  • Hiperatividade do detrusor (musculo que auxilia na micção)
  • Tumores

É claro que o tratamento das dores pélvicas crônicas deve ser realizado de acordo com a causa do problema. A endometriose, por exemplo, pode ser tratada com inibição do ciclo menstrual ou com cirurgias realizadas por ginecologistas especializados.

Uma das técnicas intervencionistas mais utilizadas para pacientes com dores de difícil controle é o bloqueio do plexo hipogástrico superior.

O plexo hipogástrico superior é um emaranhado de fibras que inervam os órgãos pélvicos. Essa rede de fibras nervosas localiza-se na frente da última vértebra lombar e do sacro.

Bloqueio do plexo hipogástrico superior, um procedimento que pode aliviar as dores do paciente com cistite intersticial.

Os pacientes que mais se beneficiam desse bloqueio são os pacientes com dores pélvicas crônicas intratáveis.

As principais causas são:

– cistite intersticial

– endometriose

– aderências pélvicas pós cirurgias

– câncer de órgãos pélvicos

– outros

O bloqueio do plexo hipogástrico superior é feito através de agulhas (sem necessidade de cortes). O procedimento é realizado sob sedação e guiado com uso de imagens radiológicas. O paciente tem alta no mesmo dia.