Cefaleia tensional

Cefaleia tensional

Esse é o tipo mais comum de dor de cabeça. Um estudo dinamarquês concluiu que pelo menos 63% da população pode ter ao menos um episódio de cefaleia tensional durante a vida.

A cefaleia tensional ocorre tanto em homens como em mulheres para é um pouco mais frequente no sexo feminino.

Localização: Ocorre dos dois lados da cabeça, muitas vezes sendo descrita em toda a cabeça.

Intensidade: Dor leve a moderada.

Tipo de dor: usualmente descrita como “pressão” ou “aperto”. Raramente descrita como “pulsátil”. 

Relação com atividade física: a enxaqueca, por exemplo, pode ser agravada com atividades físicas, isso não acontece com a cefaleia tensional.

Figura 1: localização mais frequente relatadas pelos pacientes com cefaleia tensional.

Os principais fatores desencadeadores são o estresse, ansiedade e tensão muscular.

Muitos pacientes apresentam pontos musculares dolorosos na região da cabeça e pescoço.

Exames usualmente normais (ex. Ressonância do crânio).

Na maioria dos pacientes o uso de analgésicos simples e/ou anti-inflamatórios é o suficiente para o alívio das dores. A associação das medicações com cafeína aumenta as chances de melhora. Alguns pacientes podem se beneficiar do uso de relaxantes musculares.

Pacientes que apresente dores na maioria dos dias podem necessitar de um tratamento preventivo, cujo objetivo é diminuir a frequência dos episódios de dor.

Vários medicamentos podem ajudar em especial alguns tipos de antidepressivos e anticonvulsivantes.

Alguns estudos demostraram eficácia da acupuntura e da terapia cognitivo comportamental na diminuição da intensidade e da frequência das crises.

Nos casos mais graves, onde os medicamentos não fazem o efeito desejado, podemos utilizar algumas técnicas intervencionistas. Infiltrações de pontos musculares específicos com anestésico ou toxina botulínica podem ser de grande valia. Outra opção seria a infiltração de nervos específicos que inervam a região onde o paciente sente as dores (ex. nervos occipitais).

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS1–7
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